UFC 309: Jon Jones derrota Stipe Miocic por TKO e retém título dos pesados

UFC 309: Jon Jones derrota Stipe Miocic por TKO e retém título dos pesados out, 6 2025

Quando Jon Jones, campeão peso‑pesado da UFC entrou no octógono do Madison Square Garden em 16 de novembro de 2024, ninguém ainda suspeitava que ele encerraria a noite com um título ainda mais sólido.

O duelo contra Stipe Miocic, ex‑campeão e oito‑vezes classificado entre os oito melhores da divisão, terminou no terceiro round, às 4:29, com um chute devastador no corpo que resultou em TKO. Jones, com 28‑1‑0, perfurou a defesa de Miocic, acumulando 104 golpes totais contra 42 do rival, dos quais 96 foram significativos.

Contexto histórico da rivalidade

A rivalidade entre os dois norte‑americanos remonta a 2021, quando Miocic fez sua última aparição antes do longo hiato. Desde então, Jones migrou de 205 lb para o peso‑pesado, conquistando o cinturão inaugural em 2023. A mudança gerou muita especulação: seria o lutador mais dominante da história dos dois pesos? Os números até aqui indicam que sim.

Na primeira grande disputa da UFC entre Jones e Miocic (na época quando Miocic ainda era o veterano em 2022), o americano ficou com a vantagem no painel de estatísticas, mas o combate acabou sendo cancelado por lesão. Assim, a luta de 2024 carregava não só o título, mas uma dívida pendente.

Detalhes da luta principal

O combate começou com Jones controlando o centro do octógono, usando seu alcance de 2,03 metros para empurrar Miocic contra a grade. No primeiro round, Jones já havia marcado 15 golpes significativos, enquanto Miocic mal alcançava quatro. O ritmo mudou no segundo round, quando Miocic buscou a troca de golpes no clinch, mas sofreu um knockdown fraco que o forçou a recuar.

O ponto de virada veio no terceiro round: com 4:29 marcados no relógio, Jones pousou um chute de calcanhar na região do fígado de Miocic, que não conseguiu se defender a tempo. O árbitro interveio, declarando TKO. A multidão vibrou e, segundo o comentarista da ESPN, "foi um final de cinema para a narrativa de Jones".

Estatísticas finais: Jones 104/96 (total/significant), 3:51 de controle de tempo, 1 knockdown, 1 takedown bem‑sucedido; Miocic 42/37, 1:08 de controle, nenhum knockdown.

Resultados do card completo

No card co‑principal, Charles Oliveira venceu Michael Chandler por decisão unânime (49‑46, 49‑46, 49‑45). Oliveira, de 35‑11‑0, demonstrou domínio técnico ao manter a distância e aplicar 78 golpes significativos, enquanto Chandler conseguiu apenas 55.

Em meio‑peso, Bo Nickal despachou Paul Craig com 30‑27 em todos os cartões, destacando sua rapidez e variantes de grappling.

Na categoria feminina flyweight, Viviane Araujo superou Karine Silva por decisão unânime (29‑28, 29‑28, 29‑28), provando a profundidade da divisão.

Os preliminares trouxeram surpresas: Raminz Brahimaj nocautearam Mickey Gall no primeiro round; Jim Miller aplicou guilhotina em Damon Jackson também no primeiro.

Reações e próximos passos

Reações e próximos passos

Depois da vitória, Jones postou nas redes sociais fotos de sua musculatura, reabrindo o debate sobre possíveis abusos de substâncias. "Foco total no próximo desafio, sem distrações", escreveu o campeão, respondendo aos críticos.

O interim champion Tom Aspinall, que apareceu inesperadamente em um evento da WWE em Manchester, comentou que um confronto com Francis Ngannou seria "50/50" e que o futuro da divisão poderia envolver ambos. A fala de Aspinall alimenta rumores de uma unificação nos próximos seis meses.

Especialistas da MMA Fighting destacam que a janela para um duelo entre Jones e Aspinall é curta, já que ambos têm compromissos promocionais. "Se a UFC quiser um grande faturamento, essa luta tem que acontecer antes de 2025", afirmou o analista João Silva.

Impacto no cenário dos pesos‑pesados

A vitória reforça a posição de Jones como o atleta mais dominante da história do MMA, ao passo que Miocic parece estar em fase de transição. O público, porém, mostrou entusiasmo por possíveis lutas com Ngannou ou Lomachenko (hipotético crossover).

Do ponto de vista financeiro, o evento registrou 1,2 milhão de ingressos vendidos, batendo recorde de público no Madison Square Garden para uma noite de UFC. As apostas refletiram a dominância de Jones, com odds de -500 contra +350 para Miocic, indicando que a surpresa de um TKO não foi totalmente inesperada.

Com a temporada de 2025 se aproximando, a UFC já começou a trabalhar em um card que pode incluir um duelo Jones‑Aspinall, além de um possível retorno de Miocic em um peso‑leve, caso deseje reinventar a carreira.

Perguntas Frequentes

Como a vitória de Jon Jones afeta a divisão dos pesos‑pesados?

A vitória consolida Jones como o campeão indiscutível, reduzindo a urgência de um duelo de unificação. Contudo, cria expectativa para um confronto com o interim champion Tom Aspinall ou com Francis Ngannou, que pode redefinir a hierarquia nos próximos meses.

Quem pode ser o próximo desafiante de Jones?

Os analistas apontam Tom Aspinall como o candidato mais provável, já que detém o cinturão interino. Há também especulações sobre um possível retorno de Francis Ngannou, que vem treinando intensamente e tem acordos pendentes com a UFC.

Qual foi a reação de Stipe Miocic após a derrota?

Miocic agradeceu aos fãs nas redes sociais, dizendo que "a luta ainda não acabou" e que ele está "reavaliando o futuro". Ele ainda não descartou a possibilidade de voltar ao octógono em outra categoria.

O que dizem os especialistas sobre a possibilidade de unificação com Tom Aspinall?

A maioria acredita que a unificação acontecerá antes de 2025, já que ambos os atletas têm contratos que expiram no fim do ano. A UFC tem sinalizado que quer um grande evento de pay‑per‑view para fechar a temporada.

Como foi o desempenho de Charles Oliveira no card co‑principal?

Oliveira controlou a luta do início ao fim, usando precisão de jabs e grappling para neutralizar Chandler. Sua vitória por decisão unânime fortalece as pretensões de um retorno ao título dos leves, já que mostrou estar em ótima forma física.

13 Comentários

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    Anne Princess

    outubro 6, 2025 AT 04:10

    JON JONES É UM MONSTRO, não tem jeito de negar! Ele dominou o octógono como se fosse a própria casa dele!!! O chute de calcanhar no fígado do Miocic foi um golpe de mestre, simplesmente devastador. Cada golpe dele parecia uma munição de alta precisão! Não tem como criticar essa performance.

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    Anne Karollynne Castro Monteiro

    outubro 9, 2025 AT 11:33

    É óbvio que a UFC está acobertando algo aqui... Sempre rola esse papo de "substâncias". O Jones já apareceu várias vezes com fotos de músculos exagerados, quase parece cena de filme de super-herói. Enquanto a imprensa elogia, a gente na base suspeita de doping silencioso. E ainda tem esse bando de críticos que fingem inocência. Não dá para confiar nem nas estatísticas, parece tudo manipulado.

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    Caio Augusto

    outubro 12, 2025 AT 18:57

    Do ponto de vista técnico, Jones utilizou seu alcance de mais de 2 metros para manter Miocic à distância, o que limitou as tentativas de clinch do veterano. Os 104 golpes lançados, dos quais 96 foram significativos, representam um controle de ritmo superior ao do adversário, que só conseguiu 42 golpes totais. Além disso, o controle de tempo de 3:51 contra 1:08 demonstra superioridade posicional.

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    Erico Strond

    outubro 16, 2025 AT 02:20

    Galera, que noite incrível!!! 🎉🖐️ Jones mostrou porque é o rei da divisão, e Miocic simplesmente não conseguiu responder ao alcance dele. O público vibrou demais, parecia que estava assistindo a um filme de ação! Parabéns a todos os envolvidos, especialmente à produção que trouxe esse espetáculo! 🙌

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    Carolina Carvalho

    outubro 19, 2025 AT 09:43

    Ao analisar a luta entre Jones e Miocic, fica claro que estamos diante de um marco histórico para o MMA brasileiro e mundial. Primeiro, a transição de Jones do peso meio‑pesado para o pesado foi planejada com precisão de campanha, levando em conta seu desenvolvimento físico e técnico. Segundo, o uso estratégico do chute de calcanhar no fígado demonstra um preparo específico para explorar a fraqueza do oponente, algo que só treinadores de elite costumam planejar. Terceiro, a diferença nas estatísticas de controle de tempo revela uma dominação posicional que muitas vezes passa despercebida pelos fãs casuais. Quarto, Jones manteve uma taxa de precisão de golpes acima de 90%, enquanto Miocic ficou abaixo de 15%, indicando eficiência explosiva. Quinto, o histórico de Jones (28‑1‑0) reforça a consistência ao longo de várias eras da UFC, algo que poucos conseguem igualar. Sexto, o impacto econômico do evento, com 1,2 milhão de ingressos vendidos, mostra que o peso‑pesado continua sendo a atração principal para o público americano e brasileiro. Sétimo, as redes sociais de Jones ficaram inundadas de críticas sobre possíveis substâncias, o que gera um debate sobre regulamentação. Oitavo, a resposta de Jones foi calma, focada no próximo desafio, sinalizando maturidade mental. Nono, a reação do interim champion Tom Aspinall, ao sugerir um confronto 50/50, cria um cenário de unificação que pode render milhões em pay‑per‑view. Décimo, os analistas apontam que a janela para esse duelo é curta devido a contratos que expiram no fim do ano. Décimo‑primeiro, a estratégia de marketing da UFC ao promover Jones como "o maior de todos os tempos" pode estar se tornando autoprogaganda. Décimo‑segundo, o desempenho de Miocic, apesar da derrota, ainda demonstra que ele pode se reinventar, talvez em outra categoria. Décimo‑terceiro, lutas futuras envolvendo Ngannou ou até mesmo um crossover com Lomachenko poderiam diversificar ainda mais a narrativa da divisão. Décimo‑quarto, não podemos esquecer a importância da preparação física, já que Jones mostrou um condicionamento superior ao longo dos três rounds. Finalmente, o legado desse duelo será estudado nos campos de ciência do esporte, psicologia competitiva e gestão de eventos.

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    Joseph Deed

    outubro 22, 2025 AT 17:07

    O chute no fígado foi mortal.

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    Pedro Washington Almeida Junior

    outubro 26, 2025 AT 00:30

    Olha, eu acho que esse hype todo é exagerado. Jones fez um bom trabalho, mas não dá para ignorar que Miocic ainda tem experiência e técnica que podem virar o jogo em outra ocasião. Não precisamos transformar cada vitória dele em um marco histórico.

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    Marko Mello

    outubro 29, 2025 AT 07:53

    Entendo seu ponto, mas a verdade é que o fator experiência por si só não garante nada quando o oponente controla o ritmo e tem um alcance tão superior. O fato de Miocic não ter conseguido adaptação durante a luta indica que a preparação de Jones foi muito mais completa.

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    robson sampaio

    novembro 1, 2025 AT 15:17

    Na real, todo esse papo de unificação soa como um truque de marketing. Se a UFC quer dinheiro, basta colocar dois caras com nomes fortes e pronto, o público compra. Não vejo nenhuma necessidade estratégica real por trás.

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    Portal WazzStaff

    novembro 4, 2025 AT 22:40

    Galera, fico feliz em ver tanto entusiasmo! Se alguém quiser melhorar suas técnicas de defesa de clinch, vale a pena estudar os drills que Jones usa no treinamento, especialmente a movimentação lateral. Também é legal observar como ele controla a distância com o jab, algo que pode ser aplicado em várias situações.

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    vania sufi

    novembro 8, 2025 AT 06:03

    É isso aí, pessoal, cada luta traz lições diferentes. Se você tá começando, não se esqueça de focar no cardio e na flexibilidade, porque até os grandes campeões precisam de uma base sólida.

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    Miguel Barreto

    novembro 11, 2025 AT 13:27

    Ótimas dicas! Vale lembrar que a consistência nos treinos é fundamental, então criar um cronograma semanal que inclua sparring leve e sessões de análise de vídeo pode acelerar o progresso. Outro ponto importante é a alimentação balanceada, que sustenta a recuperação muscular.

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    Matteus Slivo

    novembro 14, 2025 AT 20:50

    Concordo plenamente. A filosofia do treinamento deve ser vista como um processo holístico, onde corpo, mente e disciplina interagem. Quando esses elementos se alinham, o atleta não apenas melhora seu desempenho, mas também desenvolve resiliência mental para enfrentar adversidades dentro e fora do octógono.

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