Eliminação do Boca Juniors na Libertadores acende crise e revolta entre torcedores
mai, 20 2025
Historicamente eliminado: Boca Juniors cai para Alianza Lima e gera comoção
O clima em Buenos Aires não é dos melhores depois da noite traumática da última quarta-feira. O Boca Juniors foi eliminado da Copa Libertadores 2025 pelo Alianza Lima em um desfecho chocante decidido nos pênaltis, colocando o clube argentino em um cenário de crise quase sem precedentes. Boca até venceu o segundo jogo por 2 a 1 em casa, mas, como havia perdido no Peru, o placar agregado ficou em 2 a 2. Nada se resolveu no tempo normal ou na prorrogação, e o pesadelo veio nos pênaltis: vitória peruana por 5 a 4.
Não foi apenas mais uma eliminação. Pela primeira vez na história, um time do Peru eliminou o Boca Juniors em fase de mata-mata da Libertadores. E, para completar, o herói da noite foi Guillermo Viscarra, goleiro que pegou a última cobrança, batida por Alan Velasco, garantindo a histórica vaga ao Alianza Lima. O camisa 10 argentino deixou o gramado cabisbaixo, enquanto Viscarra era carregado como ídolo por companheiros e comissão técnica visitante.
O gol de Hernán Barcos, veterano da equipe peruana, igualou o confronto no agregado e silenciou o estádio. Em campo, viu-se um Boca tentando reverter o cenário adverso, mas esbarrando em uma equipe do Alianza disposta e veloz, evidenciando as limitações táticas dos argentinos. Nem mesmo os esforços do elenco comandado por Fernando Gago foram suficientes para evitar o primeiro vexame internacional sob seu comando.
Torcida cobra mudanças e rivais provocam
Do lado de fora das quatro linhas, a pressão explodiu nas redes sociais. A hashtag "Que não fique nenhum" tomou conta do Twitter e de grupos de WhatsApp ligados à torcida, em uma demanda por renovação total no elenco e até mesmo mudanças na diretoria. É como se a paciência com a diretoria presidida por Juan Román Riquelme, que foi filmado desolado após o apito final, tivesse chegado ao limite — ele, que é ídolo da torcida, agora sente o peso do cargo em meio à turbulência.
A eliminação tirou o clube de todas as competições internacionais de 2025. Isso representa não só um baque esportivo, mas também um sério revés financeiro em premiações e direitos de transmissão. Torcedores, desesperados por respostas, cobraram de tudo: desde demissão de Gago até reformulação do elenco, principalmente depois das atuações apagadas de nomes experientes que não corresponderam.
Rivalidade não perdoa. O River Plate, tradicional adversário, aproveitou para provocar Boca nas redes. Memes circularam em grupos, evidenciando a diferença de momento: enquanto o Boca amarga ausência internacional, o River já está garantido na fase de grupos da próxima Libertadores. O clima entre as torcidas ficou ainda mais tenso — as provocações, dessa vez, vieram em dobro.
O Alianza Lima também faz história: a classificação marca um salto de relevância do futebol peruano, que vê seu time, quase sempre desacreditado nos torneios continentais, seguir adiante após eliminar um dos gigantes da América do Sul fora de casa. Para o torcedor peruano, a noite não será esquecida tão cedo.
Nesse cenário de terra arrasada, Boca Juniors entra em um 2025 turbulento, sem Libertadores, com as finanças ameaçadas e uma base de torcedores que não aceita mais resultados medianos. O peso da camisa, por enquanto, virou pressão extra.