Criança Sofre Traumatismo Craniano Após Negligência em Creche de São Gonçalo, Rio de Janeiro

Na cidade de São Gonçalo, Rio de Janeiro, um grave caso de negligência chocou a comunidade. Pérola Hadassa Nery Paixão, de apenas 3 anos, sofreu um traumatismo craniano após cair na Escola Municipal Pastora Margarete Ribeiro Araújo, no dia 17 de fevereiro de 2025. O que poderia ter sido apenas um susto transformou-se em uma situação crítica, agravada pela falta de ação imediata dos responsáveis pela creche.
Relatos dos familiares apontam que, após a queda, a professora teria colocado Pérola para dormir, em vez de buscar assistência médica urgente. Esta decisão custou preciosos minutos, essenciais para o tratamento de lesões cerebrais. Somente ao buscar sua filha no final do dia, Marlene Ribeiro, a mãe da menina, foi informada da queda, mas não do seu verdadeiro impacto.
Em casa, sintomas como vômito e sonolência excessiva começaram a manifestar-se em Pérola, levando seus pais a procurarem desesperadamente ajuda médica. A chegada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) revelou a gravidade da situação: uma hemorragia cerebral que exigia cirurgia imediata. Pérola foi então transferida para o Hospital Estadual Alberto Torres, onde passou por uma operação de emergência para a remoção de um coágulo no cérebro. Desde então, ela permanece intubada na UTI, em estado crítico.
Diante da seriedade do caso, a Secretaria Municipal de Educação de São Gonçalo decidiu suspender a diretora da escola e os professores envolvidos, enquanto conduz uma investigação interna. Em paralelo, a Polícia Civil abriu um inquérito e já solicitou imagens das câmeras de segurança da creche para reconstruir o incidente e verificar possíveis omissões dos funcionários.
A reação da família tem sido de indignação. Sentem-se traídos pela confiança depositada na instituição, que falhou em seus deveres tanto na comunicação imediata quanto no cuidado médico. Para agravar a situação, eles compartilham publicamente a foto de Pérola, pedindo doações de sangue para auxiliar no tratamento contínuo da criança.
Este trágico acontecimento levanta questões preocupantes sobre os protocolos de emergência em instituições de ensino infantil e a necessidade de revisão das normas de segurança e comunicação em casos de acidentes envolvendo crianças pequenas. É um lembrete doloroso da fragilidade dos pequenos e da enorme responsabilidade que recai sobre aqueles que cuidam deles no ambiente escolar.