Criança Sofre Traumatismo Craniano Após Negligência em Creche de São Gonçalo, Rio de Janeiro

Criança Sofre Traumatismo Craniano Após Negligência em Creche de São Gonçalo, Rio de Janeiro mar, 11 2025

Na cidade de São Gonçalo, Rio de Janeiro, um grave caso de negligência chocou a comunidade. Pérola Hadassa Nery Paixão, de apenas 3 anos, sofreu um traumatismo craniano após cair na Escola Municipal Pastora Margarete Ribeiro Araújo, no dia 17 de fevereiro de 2025. O que poderia ter sido apenas um susto transformou-se em uma situação crítica, agravada pela falta de ação imediata dos responsáveis pela creche.

Relatos dos familiares apontam que, após a queda, a professora teria colocado Pérola para dormir, em vez de buscar assistência médica urgente. Esta decisão custou preciosos minutos, essenciais para o tratamento de lesões cerebrais. Somente ao buscar sua filha no final do dia, Marlene Ribeiro, a mãe da menina, foi informada da queda, mas não do seu verdadeiro impacto.

Em casa, sintomas como vômito e sonolência excessiva começaram a manifestar-se em Pérola, levando seus pais a procurarem desesperadamente ajuda médica. A chegada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) revelou a gravidade da situação: uma hemorragia cerebral que exigia cirurgia imediata. Pérola foi então transferida para o Hospital Estadual Alberto Torres, onde passou por uma operação de emergência para a remoção de um coágulo no cérebro. Desde então, ela permanece intubada na UTI, em estado crítico.

Diante da seriedade do caso, a Secretaria Municipal de Educação de São Gonçalo decidiu suspender a diretora da escola e os professores envolvidos, enquanto conduz uma investigação interna. Em paralelo, a Polícia Civil abriu um inquérito e já solicitou imagens das câmeras de segurança da creche para reconstruir o incidente e verificar possíveis omissões dos funcionários.

A reação da família tem sido de indignação. Sentem-se traídos pela confiança depositada na instituição, que falhou em seus deveres tanto na comunicação imediata quanto no cuidado médico. Para agravar a situação, eles compartilham publicamente a foto de Pérola, pedindo doações de sangue para auxiliar no tratamento contínuo da criança.

Este trágico acontecimento levanta questões preocupantes sobre os protocolos de emergência em instituições de ensino infantil e a necessidade de revisão das normas de segurança e comunicação em casos de acidentes envolvendo crianças pequenas. É um lembrete doloroso da fragilidade dos pequenos e da enorme responsabilidade que recai sobre aqueles que cuidam deles no ambiente escolar.