Bitcoin alcança US$ 104 mil impulsionado por demanda institucional e ETFs

Bitcoin ultrapassa a marca de US$ 104 mil em meio à alta dos ETFs
Quando se pensa em criptomoedas, volatilidade sempre está no radar. Mas desta vez, o Bitcoin surpreendeu: em maio de 2025, bateu US$ 104 mil, segundo dados reportados por James Seyffart, do time de pesquisa da Bloomberg ETF. Esse salto não veio do nada. O empurrão veio da galera de peso: investidores institucionais e grandes empresas, que têm mostrado cada vez menos medo de entrar no universo cripto.
O principal destaque desse movimento é o aumento no volume dos ETFs de Bitcoin. Os ETFs spot — aqueles que compram diretamente a moeda, e não contratos futuros — bateram a marca recorde de US$ 40,33 bilhões em fluxo acumulado. Eric Balchunas, renomado analista da Bloomberg, explicou que mesmo com a turbulência dos meses anteriores, poucos investidores grandes decidiram realizar lucros e sair fora. O dinheiro segue entrando, com investidores tradicionais preferindo segurar suas posições em vez de vender na primeira oscilação.
Se compararmos, no início de 2025, o Bitcoin estava cotado a US$ 93.381. Em menos de seis meses, saltou para US$ 102.766 — isso sem contar os picos diários. No acumulado do ano, a valorização já marca 10%, reforçando o clima de otimismo em torno da moeda.

O que está por trás dessa onda de alta?
Por trás dos gráficos e números, tem uma mudança clara no comportamento do dinheiro institucional. Bancos, fundos de pensão e até empresas de tecnologia começaram a enxergar o Bitcoin como uma peça legítima na carteira de investimentos. O que antes era visto como jogada arriscada, hoje é tema em reuniões de estratégia de grandes corporações. Muitas empresas já adicionam um pedaço de suas reservas em Bitcoin, de olho na possibilidade de proteção contra inflação e exposição ao setor de tecnologia digital.
Outro ponto-chave nesse cenário foi o ambiente macroeconômico mais favorável. Com políticas de juros mais previsíveis e certa estabilidade no cenário global, a busca por diversificação aumenta, e o Bitcoin aparece no topo da lista de opções. Além disso, a aprovação e expansão dos ETFs de Bitcoin facilitaram o acesso de investidores institucionais, que antes enfrentavam barreiras para entrar no mercado cripto.
Apesar das tradicionais quedas e altas diárias, o Bitcoin não perdeu sustentação acima dos US$ 100 mil, transmitindo confiança sobre seu potencial a longo prazo. O setor inteiro sente o efeito desse movimento. A cada novo recorde, cresce o interesse de outros players institucionais que, antes, apenas observavam de longe. Se esse ritmo continuar, o cenário para o segundo semestre de 2025 promete ainda mais agitação no universo das criptomoedas.