Argentina U20 avança às semifinais ao vencer México por 2 a 0 em Santiago

Quando Maher Carrizo, atacante da Argentina Sub‑20, abraçou a bola após um rebote do goleiro mexicano, o placar já balançava a 1 a 0. O jogo aconteceu quartas de final da FIFA U‑20 World Cup Chile 2025Estadio Nacional Julio Martínez Prádanos, em Santiago, e garantiu a Diego Placente sua primeira semifinal desde 2007.
Contexto histórico da Argentina e do México nas Copas Sub‑20
Para quem acompanha futebol há mais de uma década, a rivalidade entre as seleções juvenis de Argentina e México tem sabores amargos. Em 2006, a equipe principal de Argentina eliminou o México nas oitavas da Copa do Mundo sênior – um duelo que ficou marcado como ‘pesadelo’ para os mexicanos.
Na categoria Sub‑20, a Argentina coleciona três títulos (2001, 2005, 2007) e, entre eles, quase nenhum chega às semifinais. Já o México costuma avançar bem, mas nunca superou a Argentina em confrontos diretos na fase de mata‑mata. Assim, o duelo de Santiago carregava não só a sede de título, mas também a vontade de quebrar padrões.
O confronto em Santiago: detalhes da partida
Logo aos 12 minutos, Maher Carrizo mostrou a que veio. O rebote do chute de Alejo Sarco – artilheiro da Argentina no grupo – encontrou a cabeça de Carrizo, que não desperdiçou. O gol abriu espaço na defesa mexicana, que até então parecia segura.
O segundo tempo trouxe a substituição que mudaria o rumo: Mateo Silvetti, jovem do Inter Miami CF, entrou pelo atacante Alejo Sarco. Não demorou muito: ao ganhar a bola de peito, avançou com força, bateu de fora da área e viu a rede balançar duas vezes. O placar ficou 2 a 0 e o relógio — 78 minutos — já sentia a pressão da torcida chilena.
O México, que havia chegado confiante depois de derrotar Chile por 4 a 1 nas oitavas, viu seu ataque, liderado pelo prodígio de 16 anos Gilberto Mora e o parceiro Obed Vargas, ser silenciado por uma marcação agressiva. O técnico Eduardo Arce tentou mudanças táticas, mas a defesa argentina manteve o bloqueio.

Reações de técnicos, jogadores e especialistas
Depois do apito final, Diego Placente elogiou a postura coletiva: “Jogamos com dinamismo, cada um fez sua parte. O Maher foi decisivo, mas o time como um todo mostrou força”.
Do outro lado, Eduardo Arce reconheceu a superioridade argentina e lamentou a falta de criatividade dos jovens mexicanos: “É doloroso perder assim, mas o Gilberto tem futuro. Hoje, a Argentina nos superou em todos os setores”.
Especialistas da mídia esportiva, como o analista do Mundo Albiceleste, destacaram a estratégia de Diego Placente: "Ele apostou na transição rápida e no bloqueio defensivo, algo que pegou o México de surpresa”. Já o comentarista da Sports Illustrated observou que a “defesa argentina foi impiedosa, anulando até o melhor momento do Gilberto”.
Implicações para as semifinais e ausências por suspensão
A vitória deixa a Argentina com cinco triunfos consecutivos na competição, mas nem tudo são flores. O próprio Maher Carrizo recebeu o segundo cartão amarelo, o que o deixa de fora da semifinal contra Colômbia, marcada para 15 de outubro.
O adversário colombiano também chega com um bafo: o atacante Villarreal e o lateral direito Sarabia foram suspensos por acúmulo de cartões. Assim, ambas as equipes terão de reajustar seus planos ofensivos, o que pode abrir espaço para que jovens como Mateo Silvetti brilhem ainda mais.
Os torcedores argentinos já celebram nas redes sociais, mas também temem a ausência de Carrizo, que foi crucial na vitória. Comentadores apontam que o meio‑campo terá de contar mais com o talento de Gianluca Prestianni, que tem sido citado como futuro craque.

Olhar adiante: o que esperar da Argentina e da Colômbia
Se a Argentina mantiver a disciplina defensiva e aproveitar a velocidade de seus pontas, tem boas chances de chegar à final — algo que não acontecia desde a geração 2007. A equipe de Diego Placente ainda tem tempo de recuperar apenas um dos atacantes suspensos, mas a criatividade de Silvetti pode compensar.
Já a Colômbia, que surpreendeu ao eliminar o Japão nas oitavas, entrará motivada, mesmo com ausências importantes. O técnico colombiano ainda não revelou a formação titular, mas as especulações giram em torno de um 4‑3‑3 que prioriza a posse de bola e contra‑ataques rápidos.
Em resumo, Santiago foi apenas mais um capítulo de uma história que ainda tem muitos capítulos por vir. Os jovens talentos já deixaram sua marca, e agora o drama se desloca ao próximo confronto, onde a tensão será ainda maior.
Perguntas Frequentes
Como a suspensão de Maher Carrizo afeta a Argentina nas semifinais?
Carrizo foi um dos criadores de jogadas e marcou o primeiro gol contra o México. Sem ele, a Argentina perde um pivô ofensivo que costuma abrir espaços para os extremos. O técnico Placente deverá colocar mais confiança em Silvetti e em Prestianni para suprir a lacuna.
Quais são os pontos fortes do México que ainda podem impressionar?
Mesmo fora da partida, o México tem um ataque jovem e veloz, liderado por Gilberto Mora. A criatividade nos dribles individuais e a capacidade de finalizar em contra‑ataques ainda são ameaças para qualquer defesa, inclusive a colombiana.
Qual a importância histórica da vitória da Argentina nesta edição?
É a primeira vez que a seleção Sub‑20 argentina chega às semifinais desde 2007. O feito reforça a continuidade de uma geração promissora, que já tem jogadores atuando em grandes clubes europeus e nos Estados Unidos.
Quando será o próximo jogo da Argentina e contra quem?
A semifinal está marcada para 15 de outubro de 2025, no mesmo Estadio Nacional Julio Martínez Prádanos, onde a Argentina enfrentará a Colômbia.
O que especialistas dizem sobre a estratégia de Diego Placente?
Analistas destacam que Placente apostou em transição rápida e marcação alta para neutralizar o meio‑campo mexicano. Essa abordagem trouxe três gols nas fases de mata‑mata e deve ser ajustada para lidar com a defesa colombiana.