Greve da CPTM em São Paulo: Paralisação de Linhas de Metrô Afeta Milhões de Passageiros

Greve da CPTM em São Paulo: Paralisação de Linhas de Metrô Afeta Milhões de Passageiros mar, 25 2025

Greve da CPTM: Impactos e Motivações

Em 26 de março de 2025, uma greve de trabalhadores da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) está programada para começar, e a previsão é que cause um impacto significativo no transporte público da Grande São Paulo. Cinco linhas do metrô estarão paralisadas: 7-Rubi, 10-Turquesa, 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade. Essas linhas essenciais conectam São Paulo com cidades vizinhas como Guarulhos, Mogi das Cruzes e Suzano, afetando diretamente cerca de 1,6 milhão de passageiros diários.

O movimento grevista surge em resposta ao plano de privatização promovido pelo governo estadual de São Paulo, que inclui o leilão das linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade, marcado para 28 de março. Os trabalhadores da CPTM buscam chamar a atenção para as consequências negativas de privatizações passadas, como as dificuldades enfrentadas nas linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda, atualmente operadas pela ViaMobilidade.

Protestos e Implicações Futuras

Além da paralisação dos serviços, os trabalhadores planejam uma manifestação pública no dia do leilão, 28 de março, em frente à B3, a bolsa de valores de São Paulo, onde o evento ocorrerá. O objetivo é expressar as preocupações sobre a entrega de serviços essenciais à iniciativa privada sem a devida consideração sobre o impacto nos usuários.

A greve reflete um sentimento crescente de insatisfação entre os trabalhadores e a população, que tem visto aumento nas tarifas, atraso em obras e falta de manutenção desde que a gestão de algumas linhas foi transferida para empresas privadas. O sindicato que representa os trabalhadores da CPTM alega que a privatização é um sinônimo de descaso com a qualidade dos serviços e com os direitos dos trabalhadores.

Os usuários do metrô de São Paulo precisarão buscar alternativas de transporte durante a paralisação, enquanto o impasse entre governo, empresa e trabalhadores continua sem previsão de solução imediata. A situação destaca a complexidade do debate em torno da privatização e a necessidade de uma abordagem que priorize tanto a eficiência do serviço quanto os direitos dos trabalhadores e usuários.